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domingo, 7 de abril de 2013

ANIQUILAÇÃO DA ALMA EM VEZ DO CASTIGO ETERNO


Em defesa do aniquilamento da alma


AZENILTO BRITO - Por que Moisés, no relato da criação do homem, não deixa a mínima pista de uma “alma imortal” como componente essencial da vida humana, exclusivo de sua existência, na criação? Obs.: Seria a ocasião de Moisés tratar do assunto, já que oferece tantos detalhes dos atos divinos na obra da Criação em geral, e do homem, em particular


Tela de Dieric Bouts (1420-1475,
pintor holandês).

A revelação sobre Deus e sobre o homem se deu de forma progressiva, portanto não há como esperar que ela tenha vindo toda e por completo já desde o princípio. Ela somente é considerada completa, embora muitas vezes de forma implícita, com a morte do último apóstolo. 

Porventura crê que já nos tempos do patriarca Abraão existia um sacerdócio organizado como dá entender o episódio da oferta de Abraão ao "Altíssimo" cujo sacerdote era Melquisedeque (Gn 14,17 e ss)? 

Claro que não! 

Isso se deu muito tempo depois com Moisés. 

Naquele tempo o "Deus de Abraão" não passava de um deus particular dentre os muitos que "existiam" na Mesopotâmia. O chamado "Deus Altíssimo" era uma divindade principal do panteão fenício chamado de "El Elyon", - que significa "o  Altíssimo" - (Nota "v" da Bíblia de Jerusalém - Gn 14, 18).

Observe a gradação: 


El Elyon - O "Altíssimo" do panteão Fenício
1. Deus de Abraão - um deus como os demais; 

2. Deus dos deuses - um deus superior tal como Júpiter, ou Zeus; 

3. "Aquele que é" (Aquele que efetivamente existe); 

4. O Verbo de Deus, Jesus Cristo; 

5. O Espírito Santo

A revelação, muitas vezes se encontra de forma implícita, cabendo à Igreja, a única que recebeu autoridade para explicitá-la, como mestra enviada às nações:

"Mas Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28, 17-20) 


Sobre a mortalidade da alma achei genial esta pergunta: "... por que Jesus diz que para Judas era melhor não ter nascido?" (Mc 14,21). Por que melhor não ter nascido, se, segundo os mortalistas, ele apenas voltará ao estado de inexistência? Voltar ao estado de inexistência de antes de nascer não tem diferença de nunca ter nascido".

Qual o pior: não ter nascido, ou ter nascido? Qual pior: Inexistência antes, ou inexistência depois desta vida? Para mim é a mesma coisa se fosse como querem os mortalistas, porém Jesus diz que a situação de Judas seria bem pior. Ele não seria aniquilado, mas haveria de receber o castigo eterno como diz o Evangelho.




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