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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

COMO PODIAM VER PERFEITAMENTE SE CLINICAMENTE ERAM CEGOS?

Em artigos anteriores vimos numerosos exemplos..., que agora podemos garantir que encaixam clarissimamente na definição de milagre, como fato superior à natureza. Sem desligá-lo dessa qualidade essencial, vamos ver hoje uma classe de milagre: "Diferente da natureza".
É claro que a natureza, e o homem concretamente, pode purificar a água. Lentamente a natureza purifica a água poluída que sai das cidades, oxigenando-a no correr dos rios, nas cascatas, pela ação benfazeja de determinadas e inumeráveis bactérias... O mesmo faz o homem lentamente, com grandes instalações e enormes aparelhos filtradores... O supra-normal (SN), o milagre, seria purificar uma grande quantidade de água num instante sem instrumento (ou sob a escusa de um "instrumento" totalmente inadequado, ou com uma só palavra!).

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Lê-se no livro do Éxodo (15,22 ss):





MARA


"Moisés fez Israel partir do mar dos Juncos. Eles se dirigiam para o deserto de Sur, e caminharam três dias no deserto sem encontrar água. Mas quando chegaram a Mara não puderam beber da água de Mara, porque era amarga; por isso chamou-se-lhe Mara (em hebraico mar = amarga). O povo murmurou contra Moisés, dizendo: 'Que havemos de beber?' Moisés clamou a Iahweh, e Iahweh lhe mostrou um pedaço de madeira (prefigura da Cruz salvadora). Moisés o lançou na água, e a água se tornou doce".



EM TODA A REGIÃO


Lê-se no 2º livros dos Reis (2,19ss):

"Os homens da cidade disseram a Eliseu: 'A cidade tem um ambiente agradável, como bem pode ver o meu senhor, mas suas águas são ruins e tornam o país estéril' (...). Ele foi à fonte das águas (...), e disse: 'Assim fala Iahweh: Eu saneio estas águas e elas não mais causarão nem morte nem esterilidade'. E as águas se tornaram sadias até hoje".

- "O pedaço de madeira lançado por Moisés e o sal lançado por Eliseu teriam poderes purificadores", como afirmam alguns?

- Ora poderes capazes de purificar as águas todas em toda a região? Num instante? E para sempre?

- São mitos e lendas, só para simbolizar a doutrina", como propagam outros? 

- Por que? Simplesmente porque os racionalistas e seus sequazes não sabem explicar os fatos? Não os expliquem! Mas negá-los e não estudá-los... Também não os numerosíssimos milagres posteriores, "o efeito bumerangue"... Por exemplo: 



SÃO FRANCISCO XAVIER (1506-1552)


Exaustivamente verificado no Processo de canonização. O grande missionário jesuíta "navegava rumo à China num grande veleiro com 500 pessoas, quando os ventos cessaram de tal maneira, que a nave se fixou quatorze dias imóvel no mesmo lugar. (...) O santo mandou encher todos os recipientes da nave com água do mar (...). Fez sobre a água o sinal-da-Cruz. Repentinamente, toda aquela água salgada transformou-se em água doce. Muitos infiéis (...) acreditaram em Deus. Daquela água sobrou abundantemente, por muitas províncias da Índia". 

"VER SEM OLHOS"

É claro que na natureza existe a visão com os olhos.

Ora, o que diríamos se determinada pessoa, absolutamente cega, comprovadamente por lesões fisiológicas graves e incuráveis, repentinamente, sem mais meios do que, por exemplo, uma oração pedindo a intercessão de Nossa Senhora de Lourdes perante Deus, recuperasse a visão perfeita, permanecendo as lesões fisiológicas que impossibilitam a visão ocular?

Tratar-se-ia de um milagre "de modo diferente que a natureza". É também típico que depois sarem também as lesões: Milagre por etapas. Por exemplo:



SÉCULO XX. 




GÉRARD BAILLIE.


ESTRUTURA DA RETINA
Tinha coróide-retinite bilateral. Isto é, degeneração progressiva das membranas internas dos olhos. A destruição progressiva das regiões sensíveis à luz no olho vai reduzindo o campo visual pouco a pouco como se duas cortinas pretas fossem se fechando lentamente. E quando a infecção chega ao ponto em que o nervo ótico desemboca na retina (papila ótica), o nervo começa a se atrofiar por sua vez e depois sobrevem a cegueira absoluta e incurável.

Com dois anos e meio de idade Gérard Baillie estava cego completamente de ambos os olhos. Com quatro anos e meio, o menino é levado a Lourdes. Os médicos atestam que estava completamente cego.

Nada aconteceu quando o puseram na piscina. No dia seguinte, 1ª etapa: Subindo o caminho do Via-Crucis, levado pela mão por sua mãe, o fato radical, instantâneo: Enxerga!

Os médicos de Lourdes o examinaram naquela mesma tarde. Mas... enxerga como por uma fenda. Não tinha visão de conjunto nem apreciação de perspectiva.

Novo exame no dia seguinte. Foi a 2ª etapa: Agora via normalmente. Em todas as direções.

E a assim foi de 1944 a 1948.

- Mas não podia faltar a objeção ao gosto dos preconceitos e da mentalidade espalhada pelos racionalistas: se fosse milagre, por que em duas etapas?

- Aquela objeção, como todas as outras dos racionalistas, mostra a vulgaridade desses ateus que se fizeram "a toa", irracionais, "cegos guias de cegos" (Mt 15,14). Mereceram a resposta: "Se fosse milagre...", o milagre seria ainda maior precisamente por ser em duas etapas. Seria maior prova de que é um fato diferente da natureza, controlado pela delicadeza da intercessão da Mãe Amantíssima e do próprio Deus: o choque emocional para a mãe do menino, e talvez até para o próprio menino, teria sido muito forte, e lhes concederam delicadamente um dia para ir-se adaptando a tão amoroso privilégio.

MAS CONTINUOU O CASO BAILLIE

O principal detalhe, do ponto de vista do que seja milagre "diferente da natureza", estava ainda por surgir.

Escrevem os drs. Leuret (presidente) e Bom, em nome do Bureau Médical et d'Études Scientifiques de Lourdes. 1948. Levamo-lo de carro ao consultório de um excelente oftalmologista de Tarbes, o dr. Camps (...), toda uma referência. No começo mostrou-se céptico. Examinou-o detidamente com admirável consciência profissional. E terminou dizendo: 'este menino tem uma coróide-retinite bilateral com atrofia ótica dupla: nem pode nem deve ver'".

Mas enxergava. Perfeitamente.

Comprovado no Instituto para crianças cegas que Gérard Baillie vê normalmente, a diretora determina a volta à sua casa. Escola em Dunkerque. Caminhadas e jogos.

Tudo normal, apesar de aquele tipo de doença ocular!! Diferente da natureza.

- E surgiam por várias partes racionalistas que negavam que fosse milagre o caso de Gérard Baillie. Porque "não foi curado". Continua com "coróide-retinite bilateral com atrofia ótica dupla" total.




- É "a marca", tão característica em Lourdes. Poderíamos dizer que é uma espécie de grife, de fazer constar "made in Lourdes". O fato comprovado de que Gérard vê não tem importância para os racionalistas perante a teoria de que não pode ver! E a Comissão de Teólogos e o cardeal Lienard, de Lille, não aprovaram o milagre!!!

Mas faltava uma terceira etapa. Perante as discussões teóricas que o caso Gérard Baillie estava ocasionando, no ano seguinte, após as próprias verificações, o Bureau Médical de Lourdes enviou o caso à comissão médica nacional! (Comité Nacional Adjoint).

Peritagem demorada. E surpresa. O Comité National Adjoint certifica: "Não parece discutível que Gérard Baillie teve uma coróide-retinite bilateral com atrofia ótica dupla. Mas atualmente não a tem. E a cura de uma coróide-retinite com atrofia ótica é coisa jamais vista".

- E de novo os racionalistas: "Se fosse milagre, por que essa demora na reconstituição da retina destruída e na recuperação do nervo ótico atrofiado?"

- Novamente mereceram a resposta. Deram-na os peritos de Lourdes. Os racionalistas, se querem ser cientistas, não podem ter o atrevimento de dizer a Deus o modo teórico como Ele deve fazer os milagres (se realmente é superior, e diferente, da natureza). O dever dos cientistas é observar como é que de fato Deus quer fazê-los. No caso Baillie precisamente por ser em três etapas é maior milagre. "Querendo que se efetue a verificação médica (em benefício de todos, como sinal ou chamamento à reflexão religiosa). Durante quatro anos, por todos os exames realizados, provou-se superabundantemente que Gérard Baillie tinha coróide-retinite bilateral com atrofia ótica dupla. E quando as comprovações realizadas já não permitiam duvidar da sua existência, o menino ficou curado também dessas lesões incuráveis.

- "Se fosse milagre..."

- Os negadores fingem esquecer, no seu preconceito que, 

1) a recuperação da visão foi instantânea e 

2) por ter acontecido dois anos depois, não deixou na realidade de ser instantânea a reconstituição da retina e do nervo ótico. Não esteve dois anos se refazendo. Durante dois anos se manteve inalterada a coróide-retinite bilateral com atrofia ótica dupla, mas sarou num instante.



MAIS CASOS PARECIDOS NO SÉCULO XX


SRA. BIRÉ - Muito abalada pela morte de dois filhos. Quatro anos depois, vomita dois litros de sangue. Após cinco dias de coma por acidentes meningíticos graves, Marie Lucas, Sra. Biré, de 42 anos de idade, ficou completamente cega com atrofia papilar dupla por degenerescência das fibras nervosas, além de paralítica de uma perna e de um braço. Em estado pré-agônico, foi levada a Lourdes apesar da oposição do seu médico. Várias síncopes ("morte frustrada") na viagem. Várias síncopes em Lourdes.

Quando passa diante dela a procissão com o Santíssimo, a Sra. Biré, que estava deitada, senta-se e com voz débil diz que está vendo. Ao tempo sangue escorrega dos seus lábios. E logo cai novamente desmaiada no carrinho de doente. A filha pensa que a mãe está morrendo. Mas instantes depois se incorpora de novo e afirma estar vendo lá, a alguma distância, a estátua de Nossa Sra. de Lourdes no côncavo da rocha. Descreve também sua filha, que fora pedir auxílio, vindo entre os condutores de uma padiola e entre enfermeiras que se aproximam para atendê-la. Está vendo tudo!

Aquela mesma tarde é examinada no Bureau de Constatações Médicas do Santuário. Examinam conscienciosamente os olhos da Sra. Biré: vê perfeitamente, e com grande espanto constatam que continua inalterada a dupla atrofia papilar. O espanto se estende a todos os médicos presentes, que querem observar por si mesmos aquele fato incrível: como é que a Sra. Biré vê, se não pode ver?

Novo exame no dia seguinte. Nada mudou. Não poderia ver ("a marca"!). Mas vê normalmente. Pela mão do Dr. Boissarie faz-se constar: "Foram tentadas as mais variadas experiências, ressaltando mais a peculiaridade, ou melhor, a maravilha do fenômeno". Milagre "diferente da natureza".

Simultaneamente melhorou consideravelmente o estado geral da doente. Apetite. Recuperação com incrível rapidez das forças.

E a 2ª etapa: Um mês mais tarde a Sra. Biré é examinada em Poitiers por três especialistas. Constataram que a Sra. Biré, que antes "via, sem poder ver", agora "vê, podendo ver".

Como exigido em Lourdes pelos médicos do Bureau de Constatações, um ano mais tarde volta a Sra. Biré. Nos registros, os médicos que a analisaram fazem constar: "A Sra. Biré voltou em perfeito estado de saúde. Engordou 25 quilos. Vista excelente. O fundo do olho está normal. Visão perfeita".

PIERRE GAUTIER

Um dos primeiros casos de curas de cegueira, em Lourdes. Via apesar de que não poderia ver: "a marca". Milagre diferente da natureza". Só numasegunda etapa foi curado também o olho.



HENRI LEBACQ


29 anos. Ficou cego quando tinha 9 anos. O oftalmologista Dr. Dransart acompanhou durante vinte anos a "cegueira incurável por atrofia dos nervos óticos". Em Lourdes, quando se aproxima o Smo. Sacramento, precisamente quando na procissão se canta "Senhor, fazei que eu veja", Henri se levanta e grita: "Eu vejo".

Analisado no Bureau logo depois, indubitavelmente Henri Lebacq vê normalmente. E aqui também aparece a modalidade do milagre diferente da natureza, junto com a típica "marca": Vê apesar de "as lesões do cristalino e do fundo de olho ainda existem".



FORA DE LOURDES


GEMMA DI GIORGI nascera sem pupilas. Cega incurável. Já garotinha foi visitar o famoso capuchinho Pe. Pio de Pietralcina. Instantaneamente, a cega de nascença recuperou a visão.

Até hoje em numerosas verificações, os oftalmologistas constatam que a freira Gemma di Giorgio enxerga normalmente. Mas constatam também, até estarrecidos, "a marca" de Lourdes: vê apesar de continuar sem pupilas!.

ETC., ETC., ETC.

E muitos outros casos parecidos nesses e em outros muitos santuários e lugares. E não creio necessário advertir que junto aos casos de cegos incuráveis que recuperaram a visão sem cura fisiológica, e junto à purificação instantânea de águas sem usar instrumentos, poderíamos citar outros muitos tipos de casos como exemplos de milagres de modo "diferente da natureza".

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